quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
56 anos da Bossa Nova - 46 anos do TROPICALISMO
Com relação à Bossa Nova, não há controvérsias em relação à ausência de crítica social do seu ideário: os artistas e intelectuais de classe média que o compunham nunca procuraram esconder o ideário (que os animava) do "amor, do sorriso e da flor". A Bossa Nova introduziu uma forma original de compor e interpretar.
No caso do Tropicalismo, a história é um pouco diferente: ainda que diferenciado, desde sua origem, das esquerdas do fim dos anos 60, o movimento adotava uma explícita ótica contra-cultural, a ponto de eleger como ícone estético o modernista Oswald de Andrade. O "canibalismo cultural" então proposto implicava em mesclar elementos estrangeiros com aqueles da cultura nacional, num amálgama que deveria resultar num produto artístico inovador.
Passadas quatro décadas, tudo indica que a antropofagia tropicalista chegou ao fastio, vivendo talvez a fase da "barriga cheia".
Ref.: http://ospiti.peacelink.it/zumbi/news/ceas/cc175ed.html
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